O Brasil está sempre de braços abertos aos turistas, como mostra a foto acima. Infelizmente, atualmente somos protagonistas de uma história negativa. Ontem (24), o número de mortes em decorrência do coronavírus chegou a 53.874, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Mais ainda, o país chegou à marca de 1.192.474 casos confirmados do Covid-19, figurando entre os líderes mundiais nos dois indicadores. Agora, qual o impacto disso no turismo e, principalmente, na confiança do consumidor em viajar para cá? Estudo da plataforma Mabrian Tourist Intelligence e da Interamerican Network ajudam e entender esses efeitos.
A plataforma analisa milhões de menções espontâneas de turistas e de visitantes em potencial para um destino nas redes sociais. A partir desses dados, e por meio de técnicas de processamento de linguagem natural e inteligência artificial, levanta uma série de indicadores de percepção, satisfação e interesse em relação a determinados locais. Entre eles está o Índice de Percepção de Segurança (PSi), que mede o nível de confiança demonstrado pelos diferentes mercados com um destino e como ele é afetado por eventos de segurança, como violência, atentados e ameaças à saúde, entre outros.
Na situação atual, o PSi do Brasil é seriamente afetado pela situação gerada pela pandemia. A partir de uma avaliação máxima de 100 pontos, todos os mercados analisados caíram mais de 40% em sua confiança de 1º de fevereiro a 17 de junho. Ainda assim, nem todos são os mercados emissores são afetados igualmente. Argentinos e chilenos registram maior sensibilidade à situação, com queda maior no indicador. Na direção oposta, americanos são os que apresentam menor sensibilidade, embora o recuo na confiança seja muito relevante (-42%).
Interamerican Network: conectividade aérea
Outro dos grandes efeitos da crise gerada pelo Covid-19 é a interrupção da conectividade aérea do Brasil com mercados importantes. Considerando os 11 principais aeroportos do Brasil e os horários de voos publicados pelas companhias aéreas, em 16 de junho a conectividade aérea foi praticamente nula em comparação ao ano anterior. Em julho, há uma ligeira recuperação, que no caso do mercado espanhol é claramente maior, em comparação com julho de 2019.
A partir de agosto, a programação marca uma clara recuperação em praticamente todos os mercados analisados, embora permaneça de 20% a 40% abaixo de 2019. A exceção é o mercado argentino, que apesar de se recuperar em agosto, permanece em níveis de queda de mais de 70% em relação a agosto de 2019.
Em outro estudo, a Interamerican Network mediu a intenção de viajar dos viajantes da América Latina ainda em 2021. Veja os resultados na reportagem que publicamos sobre a pesquisa.
Fonte: Hotelier News